Lisboa já é um destino que compete com as capitais europeias
Lisboa é hoje uma das cidades mais atractivas e estimulantes do nosso tempo, que se distingue pela arte de bem receber e pela oferta gastronómica cada vez mais valorizada. Tradição, bons produtos, sabores únicos, qualidade, um bonito cenário, história e pessoas que gostam de receber quem vem de fora...
Lisboa / A histórica Baixa Pombalina
A longa história da cidade de Lisboa revela-nos uma cidade que, através dos tempos, foi sobrepondo os seus traçados urbanos adossados às colinas e aos vales que, topográfica e geográficamente, definem um local ideal para a implementação de uma urbe – um estuário imenso sobre o atlântico, um rio tranquilo que começa muito para lá das fronteiras com Espanha, colinas com orientação ideal, relações imediatas e fáceis com o resto do país.
Neste quadro, o local denominado como Baixa tem funcionado um pouco como gerador das diferentes urbes que aqui existiram e onde nas suas proximidades o castelo de S. Jorge foi o polo vigilante e reduto último defensivo dos habitantes destas paragens e da alcáçova árabe conquistada por D. Afonso Henriques, cujas proximidades eram envolvidas por uma cerca moura.
Duzentos anos depois, a cerca é alargada passando a abranger áreas a poente e a nascente.
Ao longo dos anos, diferentes povos aqui se instalaram e se combateram, destruindo o passado e construindo o futuro, ajudados por uma situação telúrica que só na era moderna se conhece melhor com o rigor possível.
Lisboa e as suas diferentes baixas, tem sido mais ou menos destruída por terramotos que obrigaram a fazer e refazer a cidade.
O último foi o de 1 de Novembro de 1755, donde sairia a Baixa nossa conhecida. Para se entender bem a Baixa que usamos diariamente em Lisboa, é necessário saber um pouco como surgiu.
A cidade de Lisboa expandiu-se ao longo da sua principal via de comunicação: o rio Tejo; apresentando de um lado a malha moura de Alfama e de outro a enseada que o rio fazia nos terrenos onde hoje se encontra a Baixa.
Duas bacias hidrográficas fundamentais faziam canalizar para esta enseada e para o rio as águas captadas nas encostas. O movimento das marés fazia com que as águas atingissem as proximidades do actual largo Martim Moniz e da praça dos Restauradores, facto que só veio a desaparecer, em 1755, com o levantamento, em alguns metros, do leito desta enseada pela acumulação dos entulhos resultantes da ruína da parte baixa da cidade.
Foi um velho engenheiro militar, Manuel da Maia, que surgiu a não retirada dos entulhos, mas apenas o seu alisamento, invocando o beneficio imediato para a cidade. Foi ele também quem, em tempo recorde, foi pacientemente dando as indicações essenciais à reconstrução de Lisboa.
O que é notável é que Manuel da Maia era um homem com perto de 80 anos, mas a sua sensatez e a sua larga experiência profissional, aliadas a uma sólida honestidade e a uma inteligência serena, contribuíram para que com base na sua dissertação sobre o modo de agir perante a cidade destruída, Pombal e os arquitectos da época pudessem actuar dentro de uma orientação concertada.
Lisboa refez-se, e a Baixa modernizou-se na linha da cultura Europeia do Séc. XVIII, através de um homem possuidor de uma forte cultura arquitectónica, como engenheiro militar que era de carreira. Manuel da Maia orienta a elaboração de 6 estudos diferentes correspondentes a 6 modos para resolver o desastre que abalou Lisboa que, ao tempo, ainda era uma das mais importantes cidades da Europa.
Com um sistema político centralizado no país, Lisboa era fruto de um poder que tudo controlava. O rei tinha o seu palácio à beira da principal praça de Lisboa, o Terreiro do Paço, por onde entravam e saíam mercadorias de toda a espécie, controladas por uma alfândega que arrecadava os frutos reais das transações.
Os mercadores localizavam-se nas proximidades e, em regra, a sua habitação desenvolvia-se por cima do seu local de venda. A Baixa funcionava, assim, como um local de vivência muito activa e de relacionamento muito próximo entre os habitantes da cidade.
Estruturalmente, a parte baixa da cidade era um emaranhado de vias estreitas e tortuosas onde mercadores e tudo o que se ligava às suas actividades se distribuíam em edifícios encostados uns aos outros, onde também se contava com um elevado número de capelas e igrejas.
Tudo acumulado e distribuído entre dois largos urbanos de certa dimensão, o Terreiro do Paço e o Rossio, onde na frente nascente existia o imponente edifício, o Hospital de Todos os Santos.
No Terreiro do Paço, no lado oposto ao do Paço Real, localizava-se a Casa da Índia, onde o cheiro a especiarias, a metais e a pedras preciosas significava a riqueza do reino. Esta foi a área da cidade mais agitada pelo terramoto e pelo incêndio que se lhe seguiu, onde tudo desapareceu e se consumiu.
Dos planos estudados em três meses Pombal aprovou um, o de Eugénio dos Santos e o de Carlos Mardel, e este era o que mais rigorosamente correspondia à estrutura organizada de um aquartelamento da época: ruas principais para o alojamento dos soldados, ruas secundárias para as suas bestas que pertenciam a cada soldado, um conjunto que fazia desaparecer as ruas secundárias destinado ao quadro dos oficiais, uma grande praça de armas rodeada pelas instalações do comando do aquartelamento.
Em todas as estruturas urbanas que se fizeram no Séc. XVIII, a de Lisboa é a única que se apoia, com um rigor geométrico, nesta estrutura de aquartelamento.
O chamado “Plano Pombalino” estabelece outro sistema mais revolucionário, no quadro construtivo: pela 1.a vez se recorre aquilo a que podemos chamar o inicio da produção industrializada em série, sistematizando e normalizando os elementos construtivos para edifícios; cantarias – janelas – sacadas – degraus em cantaria – azulejos para revestimentos interiores – dada a enorme quantidade que se torna necessária para pôr de pé uma cidade arruinada.
A introdução do sistema anti-sísmico é constituído pela construção de uma “gaiola” com elementos verticais de madeira, horizontais e cruzados que preenchiam nos dois sentidos, o interior das paredes divisórias dos edifícios, em que não era admitido mais que rés do chão, três andares e águas furtadas.
In “Dicionário da História de Lisboa” Santana, Francisco, Sucena Eduardo. Ed. Carlos Quintas e Associados Consultores. Lda. Lisboa 1994.
Nota Histórica sobre os Cafés Tradicionais
Os primeiros estabelecimentos com a designação de cafés, surgem em Lisboa, após o terramoto de 1755 e são fundamentalmente espaços de convívio.Na altura, e por deliberação do Marquês de Pombal, era obrigatório colocar por cima da porta uma tabuleta anunciando o negócio. Assim, a palavra café bem como o produto passam a fazer parte do quotidiano dos lisboetas. No inicio do Séc. XX a vida de café é um espelho da sociedade, é nos cafés que se debate e forma a opinião pública muitos deles conquistaram fama, e perpetuam-na até aos nossos dias, com a realização de tertúlias de artistas e escritores, encontros de políticos e exposições de obras de pintores modernistas e surrealistas.
Os portugueses têm enraizado o culto do café, não há horas certas para o seu consumo, sendo habitual combinar um encontro usando a expressão: “ Vamos beber um café ? ”.
Curiosidades: A introdução do café em Veneza, por volta de 1570 foi seguida da sua proibição aos cristãos, visto ser a bebida preferida do império otomano. Esta restrição só foi levantada em 1600 pelo Papa Clemente VIII após ter saboreado uma chávena de café.
Em Lisboa a frequência dos cafés pelas mulheres era mal visto até ao inicio do Séc. XX. O serviço de pastelaria só foi introduzido no Séc. XIX.
BEM VINDO A LISBOA
...Provavelmente a mais fascinante, apaixonante e surpreendente de todas as cidades da Europa! Com céu azul todo o ano e um Inverno ameno, este destino oferece oportunidades de compras fabulosas de “etiqueta de autor”, produtos tradicionais, uma vida nocturna fantástica, empolgantes panoramas da cidade e do Rio Tejo, boa gastronomia e um ambiente pitoresco onde os elétricos antigos e o seu colorido característico, conduzem-nos a uma viagem através das estreitas ruelas empedradas até aos excelentes novos hotéis nas largas avenidas: o prático do estilo antigo funde-se com a sofisticação do estilo moderno do Século XX!
Para além de ser a capital de Portugal, Lisboa é a cidade mais populosa do país (cerca de 547 mil habitantes), perto de três milhões de pessoas vivem na Grande Área Metropolitana de Lisboa. Esta é a maior área urbana do país, seguida do Porto, a capital europeia mais a Ocidente da Europa é também das cidades mais antigas, já que existem provas de vida humana naquela zona há milhares e milhares de anos, devido ao Rio Tejo e da importância de nessa altura, os primeiros Homens viverem junto a um rio, onde as condições de sobrevivências seriam melhores. Ali podiam pescar, beber água e irrigar os campos que cultivavam.
Lisboa tem uma luz e um enquadramento único, sempre com a presença do Rio Tejo, o maior da Península Ibérica, como cenário.
Cidade das sete colinas, as vistas, nos pontos mais altos são fantásticas , como a do Castelo se São Jorge , construído na altura da ocupação árabe e de onde se usufrui de uma vista panorâmica para grandes pontos de atracção turística da cidade, com os barcos a atravessarem o Rio Tejo, a Ponte 25 de Abril, o Bairro Alto ou o Rossio.
A frente ribeirinha da cidade é simplesmente inesquecível, os seus barcos típicos – os “cacilheiros” – a ligarem as margens, na zona de Belém, um largo passeio para ver as vistas e monumentos, o Padrão dos Descobrimentos, onde poderá conhecer melhor as figuras da nossa História que partiram à descoberta de novos mundos.
Um dos passeios mais bonitos é pelas principais ruas da cidade, a baixa pombalina, zona bastante movimentada e repleta de comércio, com uma arquitetura fenomenal.
Também no centro de Lisboa, os bairros históricos, tão característicos e apaixonantes, distinguem-se pela sua história, arquitetura e constituem sem dúvida, parte integrante da identidade lisboeta. Nas zonas mais históricas da cidade poderá apreciar um bom Fado, o estilo musical mais marcante da tradição portuguesa, muito sentimental e acompanhado à guitarra, e que encontra em Lisboa a sua profunda raiz.
LISBOA CIDADE EUROPEIA DE ELEIÇÃO
Lisboa encontra-se no topo da lista das cidades favoritas com base em critérios-chave. Analisando os 10 fatores mais importantes na altura de escolher um destino de férias; como os preços, os custos com alojamento e viagens, o clima, a qualidade gastronómica, as atrações turísticas, as taxas de câmbio, a segurança, o acesso fácil...os turistas britânicos decidiram que Lisboa é imbatível. Encantadora e económica, esta cidade espera por si!!